Foi assinado no dia 12 de julho o documento de formalização da Rede Portuguesa de Envelhecimento Saudável e Ativo – RePEnSA, do qual fazem parte os centros de referência para o Envelhecimento Ativo e Saudável Nacionais, Porto4Ageing, Ageing@Coimbra, Lisbon-AHA e Algarve Active Ageing.
A cerimónia, que teve lugar na Universidade Nova de Lisboa, contou com a presença dos reitores da Universidade do Porto, Coimbra, Nova de Lisboa e Algarve, e da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Dr.ª Ana Mendes Godinho.
Durante o seu discurso, a ministra salientou três pontos de louvor na criação do RePEnSA: a capacidade de articulação das redes com as academias, que se mostrou essencial durante a situação pandémica, pela partilha de conhecimento, inovação e trabalho conjunto; a importância da academia na resposta às alterações demográficas para a concretização dos direitos humanos, em específico, na promoção de programas para a melhoria da qualidade de vida; e a aceleração do investimento nas prioridades estratégicas para o país identificadas no Plano de Recuperação e Resiliência, nomeadamente o envelhecimento ativo e saudável.
Elísio Costa, Diretor do Centro de Competências para o Envelhecimento Ativo e Saudável da Universidade do Porto – Porto4Ageing, salienta o impacto que a criação da rede vai trazer no “acesso a tecnologia e soluções que melhorem a qualidade de vida população e que podem também contribuir para a sustentabilidade do sistema de saúde nacional e para a aceleração do empreendedorismo e da inovação em saúde em Portugal”. Sublinha ainda a importância dos reference sites na gestão desta rede “por serem uma ferramenta privilegiada na ligação que fazem entre a academia, a sociedade civil e as empresas”. O Professor adianta que a ideia de criação desta rede já existia há bastante tempo, mas foi acelerada pela situação pandémica e pelas alterações demográficas, que obrigaram a olhar “para a questão do envelhecimento a nível regional e nacional e suscitaram a necessidade de adoção e adaptação das boas práticas dos centros de referência”.
Na apresentação do plano de proposta de ação, Nuno Marques, Diretor do Algarve Biomedical Center, mencionou os três pilares de trabalho desta rede: observar, conhecer e monitorizar; promover o envelhecimento ativo e saudável através da educação e formação e, por último, a satisfação das necessidades da população.
Para atingir os seus objetivos, a Rede apresentou onze projetos, entre eles a criação de um Observatório Nacional do Envelhecimento e de um Serviço de Apoio à Longevidade e Vida Autónoma – SALVA. Serão ainda desenvolvidas atividades para a gestão da doença crónica e da reabilitação funcional e cognitiva, para a adaptação das habitações às necessidades dos indivíduos e para a capacitação dos mais velhos.