Porto, Portugal – O Porto4ageing organizou no âmbito do EIT Health Hub da Universidade do Porto a primeira sessão deste ano das Morning Health Talks, Fostering Open Innovation in Portugal: Assessing the Landscape and Charting the Path Forward. Realizado em 21 de maio de 2024, no Círculo Universitário do Porto, este evento híbrido reuniu partes interessadas da academia, indústria e setor público para explorar o estado atual e as futuras direções da inovação aberta no setor da saúde.
Conclusões
A inovação aberta é uma estratégia vital para transformar a saúde, promovendo a colaboração e aproveitando a expertise diversa. Esta abordagem promove soluções baseadas em problemas, garantindo que os avanços tecnológicos sejam amigáveis ao usuário e validados pelos usuários. Ao superar barreiras regulatórias e de financiamento e promover uma cultura inovadora, a inovação aberta pode melhorar significativamente a prestação de serviços de saúde e os resultados para os pacientes.
Destaques do Evento
As Morning Health Talks de 21 de maio de 2024 juntaram um grupo de oradores destacados, como Elísio Costa, Professor na Faculdade de Farmácia na Universidade do Porto e Coordenador do Porto4Ageing, Beata Kurucz, representante do EIT Health RIS, George Tsekouras da Greenwich University, fundador do projeto INSPIRE e líder de pensamento sobre Open Innovation em contexto empresarial, Ricardo Valente, Vereador da Câmara Municipal do Porto, com Pelouro das Finanças, Atividades Económicas e Fiscalização e Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo , Filipa Fixe Diretora de Healthcare na KPMG Portugal, Rita Rocha da NOVA Medical School, Coordenadora do Gabinete de Inovação e Criação de Valor e Joana Carrilho da Universidade do Porto, Coordenadora do Living Lab transfronteiriço INOV4LIFE, trouxeram suas perspectivas sobre práticas exemplares, desafios e oportunidades para o desenvolvimento futuro da inovação no setor de saúde português. Os participantes puderam explorar novas ideias e contactar com uma vibrante comunidade de agentes inovadores, contribuindo para avançar o sistema de saúde português.
George Tsekouras – Universidade de Greenwich
Tema: “Inovação Aberta para Startups – O projeto INSPIRE”
George Tsekouras destacou o papel crítico das startups na promoção da inovação dentro do setor da saúde. Ele discutiu o projeto INSPIRE, salientando como os frameworks de inovação aberta podem apoiar startups na resolução de desafios complexos na saúde por meio de esforços colaborativos. George enfatizou a importância de criar um ambiente propício para que as startups possam prosperar, incluindo acesso a recursos, mentoria e redes de colaboração. Ele apresentou casos de sucesso onde startups, utilizando a abordagem de inovação aberta, conseguiram desenvolver soluções inovadoras que estão a transformar os cuidados de saúde.
Ricardo Valente – Câmara Municipal do Porto
Tema: “Porto: Um Hub de Inovação”
Ricardo Valente sublinhou o rápido desenvolvimento do Porto como um ecossistema de saúde digital. Ele destacou os investimentos significativos da cidade em P&D em saúde, sua forte colaboração entre parceiros-chave e seu ambiente de apoio para startups. Ricardo delineou a ambição do Porto de se tornar um centro líder em tecnologia de saúde, aproveitando suas forças únicas e recursos substanciais. Ele apresentou exemplos de iniciativas municipais que estão facilitando a inovação, como programas de incubação para startups e investimentos em infraestruturas de saúde digital. Ricardo também falou sobre o impacto positivo dessas iniciativas na economia local e na qualidade dos cuidados de saúde, destacando o compromisso contínuo da Câmara Municipal do Porto em promover um ambiente de inovação e crescimento.
Filipa Fixe – KPMG Healthcare
Tema: “O Papel da Indústria na Inovação Aberta”
Filipa Fixe discutiu a transição da inovação fechada para a inovação aberta na saúde, destacando a necessidade de uma abordagem estratégica e liderança dentro das instituições. Ela mostrou como os programas da EIT Health estão efetivamente conectando partes interessadas e apoiando a inovação aberta, enfatizando o vasto potencial da tecnologia moderna para revolucionar a saúde. Filipa apresentou exemplos de parcerias bem-sucedidas entre a indústria e a academia, onde a colaboração levou ao desenvolvimento de tecnologias de saúde inovadoras. Ela também discutiu o papel da KPMG em facilitar essas parcerias e forneceu recomendações sobre como outras empresas podem adotar uma abordagem de inovação aberta para alcançar resultados semelhantes.
Rita Rocha – Nova Medical School
Tema: “Como abrir uma escola médica para a inovação?”
Rita Rocha compartilhou insights sobre como a Nova Medical School está promovendo a inovação ao colaborar com hospitais e cofundar um centro clínico dedicado à cocriação e inovação colaborativa. Ela ressaltou a importância de caminhos regulatórios claros e plataformas de apoio regulatório para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de saúde transformadoras. Rita destacou os esforços da Nova Medical School em integrar a inovação nos currículos médicos, preparando futuros profissionais de saúde para serem agentes de mudança. Ela também discutiu os desafios enfrentados e as estratégias utilizadas para superar barreiras institucionais e culturais, promovendo uma mentalidade de inovação entre alunos e professores.
Joana Carrilho – Universidade do Porto
Tema: “O caso para ecossistemas colaborativos: o projeto INOV4LIFE”
Joana Carrilho destacou a importância de criar soluções de saúde sustentáveis e centradas no usuário. Ela discutiu o projeto INOV4LIFE, que se concentra no desenvolvimento de um laboratório vivo transfronteiriço para soluções de saúde digital, e enfatizou a necessidade de validação do usuário para garantir a praticidade e aceitação das novas tecnologias. Joana explicou como o INOV4LIFE está reunindo diversas partes interessadas, incluindo pacientes, profissionais de saúde, desenvolvedores de tecnologia e formuladores de políticas, para co-criar soluções que atendam às necessidades reais dos usuários finais. Ela também destacou os benefícios de tal abordagem colaborativa, como a aceleração do desenvolvimento de tecnologias e a melhoria da adoção e eficácia das novas soluções.
Principais Conclusões da Sessão
- A Colaboração é Essencial: Aprimorar a colaboração entre a indústria, academia e setor público é essencial para promover a inovação.
- Desafios de Financiamento e Regulamentação: Abordar os desafios de financiamento e simplificar os processos regulatórios são cruciais para criar um ambiente mais favorável à inovação.
- Mudanças Culturais: Adotar novas tecnologias requer mudanças culturais e estruturais dentro dos ambientes acadêmicos e clínicos.
- Papel das PMEs e Startups: Apoiar as PMEs e startups é fundamental para avançar na inovação em saúde.
- Soluções Centradas no Usuário: Desenvolver soluções tecnológicas amigáveis ao usuário, baseadas em desafios reais e validadas pelos usuários, é essencial para uma implementação bem-sucedida.
- Ecossistema do Porto: O ambiente de apoio do Porto para startups, investimentos significativos em P&D e fortes parcerias entre academia e indústria são pontos fortes na promoção da inovação.
- Iniciativas Educacionais: Instituições como a Nova Medical School desempenham um papel crucial na promoção da inovação por meio de colaborações e caminhos regulatórios claros.
- Impacto da COVID-19: A pandemia acelerou a inovação aberta, demonstrando o potencial dos esforços colaborativos para enfrentar necessidades urgentes de saúde.
EIT Health Morning Health Talks
O que é o EIT Health?
O EIT Health é uma iniciativa europeia co-financiada pela Comissão Europeia que envolve 13 países com o objetivo de promover a inovação na área da saúde. Esta iniciativa visa impulsionar projetos e colaborações que tenham um impacto positivo na vida das pessoas, melhorando a qualidade e sustentabilidade dos sistemas de saúde na Europa. Através de parcerias estratégicas entre universidades, empresas e profissionais de saúde, o EIT Health busca transformar o setor da saúde.
O que são as Morning Health Talks?
As Morning Health Talks (MHT) são uma série de eventos lançados pela EIT Health para estimular discussões provocadoras sobre os temas mais prementes da inovação em saúde. Estes eventos criam um ambiente de networking para todos os atores importantes na área da saúde nas regiões da Europa Central, Oriental e do Sul.
Nos últimos três anos, os ecossistemas de saúde locais nas regiões em desenvolvimento da Europa (zonas InnoStars/RIS) têm se concentrado em questões específicas de saúde e inovação que são cruciais para os seus ecossistemas regionais. Ao reunir líderes regionais, as Morning Health Talks ajudam a mapear as melhores práticas e desafios comuns das soluções de saúde digital. Todas as regiões enfrentam uma crescente procura por serviços de saúde, e muitas tecnologias digitais ajudam a atender essas necessidades. As Morning Health Talks locais oferecem uma visão sobre o desenvolvimento de ecossistemas de saúde digital em regiões consideradas inovadoras moderadas ou modestas no panorama europeu, envolvidas pelo EIT Regional Innovation Scheme (RIS).
Para mais informações sobre o evento e futuras iniciativas, contacte eithealthporto@reit.up.pt
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